13 de Março de 2010
Maria José Caldeira (ICS, Universidade do Minho)
Natural de Lisboa é licenciada em Geografia e Planeamento Regional e Local, na variante de Geografia Humana, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Mestre em Geografia Humana e Planeamento Regional, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É docente no Departamento de Geografia da Universidade do Minho e encontra-se presentemente a terminar a dissertação de doutoramento na área da Geografia das Migrações. Tem com principais áreas de interesse: Geografia das Migrações, Geografia Social e Cultural e Planeamento e Ordenamento do Território.
João Filipe Queiró (FCT, Universidade de Coimbra)
Doutorado em Matemática pela Universidade de Coimbra, onde é professor catedrático desde 2001. Foi presidente do Centro de Matemática da Universidade de Coimbra entre 1997 e 2001, e presidente da Comissão Científica do Departamento de Matemática da FCTUC entre 2003 e 2005. Para além da sua actividade de investigação matemática, tem-se interessado por questões de História da Matemática em Portugal. Pertence à Comissão Científica encarregada da publicação, pela Academia das Ciências e pela Fundação Gulbenkian, das Obras de Pedro Nunes.
Resumo:
A geografia sempre teve uma ligação forte com a matemática, nomeadamente por via da cartografia e da navegação. Mas, através da geografia humana, há também uma aproximação às ciências sociais.
A relação entre as duas ciências, matemática e geografia, tem sido pautada por oscilações. Temos períodos ou temáticas que permitem uma forte aproximação a contrastar com outros de um maior afastamento. Esse comportamento errático tem sido fortemente influenciado quer pelas diversas correntes epistemológicas quer pelo posicionamento ou apetência dos investigadores em geografia para com a matemática.
Esta apresentação tem por objectivo ilustrar algumas das ligações que persistem entre a matemática e sobretudo a geografia humana.O ponto de partida para a conferência será o cálculo dos centros geográfico e demográfico de Portugal, com possível interesse para o planeamento e ordenamento do território. Mas para lá deste exemplo e da forte relação que persiste entre a matemática, a cartografia e a geodesia, outras conexões serão evidenciadas como por exemplo: a utilização da estatística na análise de dados, o recurso à álgebra linear para a avaliação de impactes, a utilização de modelos probabilísticos para o estudo da difusão de inovações, ou a aplicação da teoria de grafos para a análise de redes.