Matemática & Política

07 de Novembro de 2009

António Matos (Câmara Municipal de Almada)

Engenheiro técnico Electromecânico pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa.
Professor do Ensino Secundário (Última escola: Secundária Emídio Navarro, Almada.
Vereador na Câmara Municipal do Seixal de 82 a 89 (dois mandatos) com os Pelouros da Educação, Cultura e Desporto.
Vereador na Câmara Municipal de Almada desde 1989 (actualmente a iniciar o sexto mandato) com os Pelouros de Educação, Cultura, Desporto, Turismo e Informação.

Pedro Corte-Real (FCT, Universidade Nova de Lisboa)

Licenciado em Matemática Aplicada, Ramo de Investigação Operacional (31 de Julho de 1991).
Doutorado pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa na área de Probabilidades e Estatística (29 de Novembro de 2001).
Director do Departamento de Metodologia Estatística do Instituto Nacional de Estatística (Portugal) (Julho de 2004 – Junho de 2007).
Professor Auxiliar de Nomeação Definitiva no Departamento Matemática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa.

Resumo:

Um dos problemas mais interessantes nas Ciências Sociais, passa por compreender como fundamentamos as nossas escolhas. Estas escolhas podem ser desde a opção por uma marca ou a escolha de um representante político, seja um Presidente da República, um Deputado Constitucional ou um Presidente de Câmara Municipal.

Uma preocupação antiga, mas cuja análise recorrendo a técnicas matemáticas já desenvolvidas remonta a 1780, passa por compreender se, todos nós, ao votar e expressar a nossa vontade individual, conseguimos expressar a vontade do grupo? Isto é, será possível que, um voto isolado faça sentido, como expressão da nossa vontade, mas quando analisada a vontade do grupo, ou seja, todas as vontades individuais, poderemos "ter escolhido mal"?

Vamos discutir alguns exemplos que ilustram que a questão é mais complexa, interessante e mais importante do que pode parecer à primeira vista.

Em Portugal, como em muitos outros países, os resultados dos mais relevantes escrutínios, são obtidos recorrendo ao método D'Hondt. Estamos perante o método perfeito? Simplesmente o método "mais adequado"? Ou, pelo contrário, temos que aceitar que o método D'Hondt é simplesmente um instrumento da Democracia e, como tal, "é o pior método de apuramento com excepção de todos os outros"?

Material Adicional:

Matemática e Eleições